“Educação que Faz a Diferença” reconhece redes de ensino e mapeia boas práticas
Estudo feito em parceria com o Instituto Rui Barbosa e Tribunais de Contas traz também um mapeamento de boas práticas na etapa
O Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) em parceria com o Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) lançou, nesta quinta-feira (25 de junho), o estudo “Educação que Faz a Diferença”, que reconhece 118 redes de ensino municipais com bons resultados no Ensino Fundamental. Cada uma delas recebe um selo de qualidade, de acordo com patamar em que se encontra: Excelência, Bom Percurso ou Destaque Estadual. A pesquisa teve a participação de todos os 28 Tribunais de Contas brasileiros com jurisdição na esfera municipal.
Acesse aqui o estudo “Educação que Faz a Diferença”
Conheça os critérios para a nomeação dos Destaques Regionais
As 118 redes reconhecidas, além dos bons resultados no Ensino Fundamental, atingiram também critérios mínimos de qualidade na Educação Infantil. Foram analisados indicadores como aprendizado dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017; Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) atual e evolução desde 2015; e taxas de aprovação, conforme o Censo Escolar.
O estudo traz também um mapeamento de boas práticas no Ensino Fundamental, principalmente no âmbito das Secretarias de Educação, mostrando ações e práticas comuns que estão associadas a um bom desempenho dos estudantes.
“É uma iniciativa que busca cumprir dois objetivos: entender quais são os diferenciais das redes com bons resultados e também valorizar essas redes. Muitas vezes, os prêmios ou estudos que vemos acabam reconhecendo poucas redes. Nós olhamos para vários indicadores educacionais para realizar um reconhecimento em escala, contemplando 118 municípios”, explica Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Iede. “Podemos não ter resultados próximos ao de países desenvolvidos, mas há muita gente comprometida e fazendo a diferença na educação pública brasileira”, ressalta.
Para diferenciar as redes, foram criados os selos já citados, Excelência, Bom Percurso e Destaque Estadual. Todos levam em consideração os mesmos indicadores educacionais, o que os diferencia é o nível de exigência, sendo Excelência o mais rigoroso de todos e, na sequência, Bom Percurso.
Dessa forma, é possível dizer que as 118 redes reconhecidas buscam garantir a aprendizagem da maioria dos alunos; esforçam-se para reduzir as desigualdades e não deixar ninguém para trás; trabalham para que todos fiquem na escola; e apresentam avanços consistentes na aprendizagem dos estudantes ao longo dos anos.
Mapeamento de boas práticas
A fim de compreender em profundidade as práticas e estratégias utilizadas pelas redes de destaque, técnicos dos 28 Tribunais de Contas participantes do projeto visitaram 116 escolas de 69 redes de ensino, em todos os Estados. Na Secretaria de Educação, entrevistaram o secretário e pessoas-chave de sua equipe. Nas escolas, conversaram com professores, coordenadores pedagógicos, diretores, alunos e seus pais ou responsáveis, além de assistirem a aulas.
A partir dessa pesquisa de campo, foram identificadas as seguintes práticas associadas a bons resultados no Ensino Fundamental:
1. Utilização de sistemas de gestão e de acompanhamento dos estudantes;
2. Suporte constante por parte das Secretarias de Educação, com visitas frequentes às escolas;
3. Monitoramento contínuo da aprendizagem dos alunos;
4. Investimento na gestão escolar, com incentivo ao protagonismo das escolas;
5. Oferta constante e diversificada de formação continuada aos educadores;
6. Cultura de observação de aulas, com devolutivas construtivas.
Cada uma delas é explicada em detalhes no estudo. Acesse aqui.
É importante ressaltar que a pesquisa “Educação que Faz a Diferença” foi realizada ao longo de 2019 e, portanto, não levou em consideração as ações adotadas pelas redes de ensino durante a pandemia. Nesse sentido, o Iede em parceria com o CTE-IRB e os Tribunais de Contas realizou outro estudo para identificar as estratégias e práticas das redes de ensino neste período de aulas presenciais suspensas e também como elas estão se organizando para a reabertura das escolas – a pesquisa “A Educação Não Pode Esperar” pode ser lida aqui.
Acesse aqui o estudo “Educação que Faz a Diferença”
Conheça os critérios para a nomeação dos Destaques Regionais