Avaliação: 15% dos diretores desconhecem os resultados da própria escola no Saeb
Um a cada 5 diretores não sabe o resultado do Saeb do município e um a cada 4 desconhece os dados do estado, mostra análise dos questionários do Saeb 2017
Muito se fala sobre a importância das avaliações diagnósticas para melhorar a educação. No entanto, avaliação e monitoramento ainda não são práticas de todas as escolas do país. Longe disso. Os resultados dos questionários do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017, tabulados e analisados com exclusividade pelo Iede, mostram que 14,8% dos diretores de escolas públicas desconhecem os resultados do Saeb, de 2015, da própria escola.
Em alguns estados, o percentual é de pelo menos 1 a cada 4 diretores, como é caso de Amapá (33,5%), Roraima (32,4%), Maranhão (31,5%), Piauí (25,3%) e Paraíba (25%).
Acesse aqui um pdf com análises dos questionários do Saeb 2017
No total, 18,5% dos diretores desconhecem os resultados do Saeb do município e 25,7%, do estado. Veja no gráfico a seguir as comparações entre as regiões:
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O Saeb visa, por meio de testes cognitivos e questionários, realizar um diagnóstico do sistema educacional brasileiro. A cada dois anos, estudantes do 5º e do 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio de escolas públicas fazem provas de português e matemática. Os questionários são aplicados aos alunos, professores e diretores e fornecem diversas informações sobre a vida escolar, práticas pedagógicas e de gestão. Em 2017, responderam aos questionários 69.676 diretores da rede pública, 583.416 professores e 5.249.978 alunos.
Professores mais experientes com turmas de aprendizagem mais lenta não é algo recorrente
Os questionários do Saeb evidenciam as diversidades e disparidades regionais do país. Enquanto no Norte e Nordeste, por exemplo, mais de 60% dos diretores de escola foram escolhidos por indicação, nas regiões Sul e Centro-Oeste, eleição é a forma mais recorrente.
A atribuição de turmas aos docentes também segue diferentes critérios: no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais de 40% dos diretores disseram que a atribuição foi feita segundo a escolha dos professores, de acordo com a pontuação por tempo de serviço e formação. Já no Norte e Nordeste, esse percentual não chegou a 10%. Nessas regiões, outros critérios são mais comuns, como atribuição pela direção da escola e revezamento dos professores entre as séries. Veja a seguir os principais critérios utilizados nas escolas para atribuição de turmas aos professores:
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“O que se percebe é que há pouca intencionalidade em várias práticas de gestão das escolas do Brasil. Quando visitamos as escolas com bons resultados na série de estudos Excelência com Equidade percebemos que o cenário é completamente o contrário. Nelas, o tempo e a alocação dos professores são pensados dentro de uma estratégia pedagógica muito intencional. E, mais do que isso, a estratégica pedagógica mira a redução das desigualdades e o suporte para os alunos que mais precisam, o que não se percebe na grande maioria das escolas brasileiras” – Ernesto Faria, diretor-fundador do Iede