Jornal Nacional: Escolas públicas de ensino básico reclamam de falta de livro didático
Mais da metade dos professores do quinto ano disse que não consegue ensinar toda a matéria prevista. Estudo levantou os principais problemas nessa faixa de ensino
Por Jornal Nacional
Um estudo revelou dois problemas que afetam e prejudicam a maioria dos alunos das escolas públicas do ensino básico.
Marcos Rufino, aluno do 7º ano do ensino fundamental, tem pressa ao fazer a tarefa na sala de aula.
“A gente poderia levar o livro para casa, mas como tem poucos livros, o professor não deixa, porque são poucos livros para cada aluno”, contou.
Priscila Teodoro de Campos está preocupada com a filha, que também reclama da falta de livros.
“O único livro que veio é o de inglês que tem que deixar na escola, porque não tem para todos os alunos”, contou.
Paulo Sílvio Ferreira Pereira, que é diretor de escola, já criou até um esquema de rodízio para que os livros circulem entre os alunos.
“São feitas caixas que se movimentam entre os espaços para que todos tenham direito àquele mesmo assunto, àquele mesmo conteúdo que está contemplado lá no livro didático”, explicou.
E essas não são reclamações isoladas. Elas partiram da maioria dos quase 70 mil diretores e de mais de 580 mil professores que atuam no ensino fundamental e no ensino médio de todo o país. Esses profissionais responderam a um questionário em 2017, quando os alunos fizeram a última prova do Saeb, que avalia o aprendizado em sala de aula a cada dois anos.
Especializado em análises na área de educação, o Iede, Interdisciplinaridade e Evidência dos Debates Educacionais, tabulou esses dados e revelou um quadro dramático. Em média, mais de 60% dos diretores disseram que faltam livros didáticos para os estudantes. No Centro-Oeste, a carência passa de 70%. Situação constatada em Cuiabá. Leia a reportagem na íntegra no site do Jornal Nacional