Iede participa de seminário sobre padrões de desempenho para o Ensino Fundamental, promovido pelo Inep
O diretor-fundador do Iede, Ernesto Martins Faria, participou, no dia 25/6, do seminário “Construção de Padrões de Desempenho para o Ensino Fundamental”, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.
O evento, fechado para representes de redes de ensino e convidados, teve como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa conduzida pelo Inep sobre pontos de corte em Língua Portuguesa e Matemática, no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para o 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental. Isto é, a partir de quais pontuações os estudantes podem ser considerados como tendo desempenho básico, proficiente ou avançado.

Estudo do Iede analisa o desempenho dos estudantes brasileiros em avaliações internacionais e no Saeb
Faria integrou a primeira mesa, que teve como tema “A pesquisa de padrões de desempenho no contexto das políticas públicas”, e contou com a participação de Girlene de Jesus, professora da UnB; e de Hilda da Silva, diretora da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb), no Inep.
Ele apresentou um estudo realizado pelo Iede sobre distribuições de referência nas avaliações internacionais PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), PIRLS (Estudo Internacional de Progresso em Leitura) e TIMSS (Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência), além do próprio Saeb. A partir do desempenho dos estudantes brasileiros nessas avaliações, buscou-se entender qual seria o patamar que representa aprendizagens significativas e possibilidade de transformação social, mas que fosse factível no cenário nacional. Para isso, além do resultado geral dos estudantes brasileiros, foram analisados também o desempenho dos estudantes das redes públicas de destaque, que conseguem médias em Língua Portuguesa e Matemática iguais ou acima da média das redes privadas.
“Esse é um exercício para tentar associar nossa avaliação nacional com avaliações internacionais. É importante ver o que estão conseguindo as redes que se destacam no Saeb. Se não há redes atingindo um alto percentual de alunos acima de determinado ponto de corte, a gente precisa se questionar se faz sentido. Não podemos gerar padrões que sejam desmobilizadores. Por isso, é importante esse exercício de factibilidade”, explica.
O estudo se inspirou em análises realizadas por outros pesquisadores na área de Educação (Soares e Delgado, 2016 e Klein, 2019), com a importante diferença de fazer proposições apenas para o patamar adequado e não os demais (básico e avançado). “Fico feliz e grato de poder contribuir com essa política tão relevante para a educação brasileira. Agora, há passos importantes a serem garantidos: um deles é uma boa interlocução com gestores, professores e especialistas antes de, de fato, os parâmetros serem oficializados”, conclui.
Acesse a apresentação sobre o estudo aqui.
No período da tarde, o seminário teve uma mesa que discutiu progressão do currículo no Ensino Fundamental. Além de Hilda Linhares, diretora da Daeb, estavam presentes Begma Tavares Barbosa, professora da UFJF, e Cleber Fernandes, professor da Prefeitura Municipal de Duque de Caxias e do IFRJ.