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Contribuições ao Debate - 20/09/2018

Bom dia Brasil: Criminosos atacaram 22 escolas e creches por dia no estado de SP em 2017

Levantamento obtido pela Lei de Acesso à Informação indica que 8.394 instituições de ensino foram furtadas, roubadas ou vandalizadas no ano passado

Este texto foi originalmente publicado no G1

Assista aqui ao vídeo da reportagem no Bom dia Brasil 

Um balanço aponta que, em média, 22 instituições de ensino foram atacadas por dia por criminosos em 2017 no estado de São Paulo. O balanço foi obtido através da Lei de Acesso à Informação.

Ao todo, 8.394 escolas e creches tiveram prejuízos com roubos e furtos no ano passado. No primeiro semestre deste ano, foram registrados 3.997 casos nas escolas em todo o estado.

Muitas escolas foram atacadas e ficaram sem funcionar por vários dias até que fossem recuperadas. As grades, câmeras de segurança e nem cerca de arames são capazes de impedir que as escolas fossem roubadas, furtadas ou vandalizadas.

Nesta semana, uma escola foi arrombada e revirada em São José do Rio Preto, no interior paulista.

“É assustador! Você deixa o seu filho e tem que ter a consciência de que você vai trabalhar e a consciência de que seu filho vai estar seguro, né?”, afirmou a dona de casa Ana Carolina de Oliveira.

O problema se repete pelo estado. Em Ribeirão Preto, os bandidos jogaram fogo e destruíram o laboratório, as salas e copa. Foram gastos R$ 70 mil na reforma.

Na cidade de Rio Claro, uma escola municipal foi alvo dos bandidos sete vezes, sendo quatro somente neste ano.

Em Mogi das Cruzes, as câmeras de segurança registraram a entrada dos crimUma coordenadora de ensino, que prefere não se identificar, conta que a creche em que trabalha foi furtada quatro vezes em dez dias.

“Entraram uma vez durante o recesso e três vezes após a volta às aulas. Levaram panela, levaram micro-ondas, levaram televisão. E fizeram vandalismo dentro da unidade. É muito triste. É triste você ir pra casa, né? E não saber como vai encontrar no outro dia”, contou.

Em uma creche em Osasco, na Grande São Paulo, a TV que tinha sido comprada com dinheiro arrecadado na festa junina foi roubada.

O diretor do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional, Ernesto Faria, diz que o vandalismo acaba deixando crianças sem aula e gerando prejuízos para a educação pública, que já sofre com a carência de recursos. “Tem que ter segurança pública junto, tem que ter o apoio do governo de modo geral, porque senão a escola só vai se um pedacinho de um todo, principalmente de regiões mais periféricas no brasil que a gente sabe que são mais violentas”, argumentou ele.

Os pais ficam inconformados com o vandalismo nas instituições de ensino. “Gera muita preocupação porque se uma hora ele entra com as crianças dentro da creche? É muito preocupante”, disse aflita a mãe Karen Cristina Moreno.

Este texto foi originalmente publicado no G1

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