Sobre a situação da pandemia no Brasil e o sistema educacional
O Brasil vive um momento extremamente crítico. Um ano após o primeiro caso de COVD-19 no País, estamos no auge da pandemia, com milhares de pessoas morrendo diariamente e outras centenas à espera de vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em praticamente todo o território.
Tendo consciência da gravidade da situação e com a perspectiva de que as próximas semanas serão extremamente duras, diversos governadores restringiram a circulação de pessoas e ordenaram o fechamento do comercial considerado não essencial. As escolas, porém, seguem abertas, uma vez que ficaram fechadas por cerca de 11 meses, prejudicando o direito à aprendizagem de alunos e alunas de uma maneira ainda difícil de dimensionar.
Mesmo considerando o cenário complexo de defasagem e de alto risco de evasão escolar em que o sistema educacional brasileiro se encontra, especialmente no que tange ao ensino público, o Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) entende que as escolas deveriam ser fechadas novamente.
A gravidade do contexto em que nos encontramos, com dezenas de milhares de casos novos de coronavírus por dia, decorrentes de novas e imprevisíveis variantes da doença, é mais do que revelador de que toda e qualquer vida deve ser preservada. Isso obviamente inclui professores, alunos, coordenadores, diretores, funcionários e, consequentemente, suas famílias.
Enquanto estivermos em um momento crítico, sem controle da contaminação e com escassez de leitos para os doentes, não parece um bom modelo mantermos as unidades de ensino abertas. É prioritário resguardarmos a saúde de toda a comunidade educacional.