Consideramos que há quatro aspectos fundamentais para a realização de boas pesquisas em Educação: atenção ao contexto educacional, aplicabilidade, rigor metodológico e boa comunicação com o público alvo. Nesta página, reunimos todos os nossos estudos, organizando-os por temáticas.

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Esta página traz livretos, análises e artigos sobre o desempenho dos estudantes brasileiros no Saeb, no Ideb, no Pisa e no Pirls, além de dados do Indicador de Permanência Escolar, criado pelo Iede para mensurar o total de crianças e jovens que abandonam a escola sem ter concluído a Educação Básica.

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Contribuições ao Debate - Iede 08/10/2024

QEdu disponibiliza taxas de rendimento 2023 para cada um dos anos escolares

É possível acessar dados de aprovação, reprovação e abandono escolar desde 2010

O QEdu, portal de dados educacionais com mais de 10 milhões de acessos por ano, acaba de ser atualizado com as taxas de rendimento de 2023. Dessa forma, é possível acessar os dados mais recentes de aprovação, reprovação e abandono tanto por etapa (consolidado dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio) como também por ano escolar. Há opções de filtros por dependência administrativa das escolas (municipal, estadual, privada, etc.) e por localização (urbana e rural). A gestão de todos os conteúdos do QEdu é de responsabilidade do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede)

Os números mostram queda nos índices médios do Brasil de reprovação e abandono escolar, em 2023, na comparação com 2022, em todas as etapas analisadas. Em 2023, os anos iniciais do Ensino Fundamental registraram 2,5% de reprovação e 0,3% de abandono (em 2022, foram 3,5% e 0,5%). Nos anos finais, foram 4,8% e 1,2%, respectivamente, ante 6% e 1,9%, em 2022. No Ensino Médio, a taxa de reprovação foi de 5,3% e a de abandono, de 3,4%. Em 2022, foram 7,7% e 5,7%, respectivamente. 

Esses são números importantes e, em um primeiro momento, positivos, mas que devem ser analisados com cautela e senso crítico, uma vez que há Estados e municípios que registraram reduções muito abruptas em seus índices de abandono. Isso pode encobrir práticas como contabilizar estudantes que faltaram por meses seguidos como aprovados, quando, na verdade, alguns já teriam abandonado a escola. É preciso lembrar que as taxas de rendimento consideram apenas quem abandona a escola no ano letivo, e não aqueles que concluem um ano escolar, mas não se matriculam no seguinte (evasão). 

Análise da série histórica 

O QEdu permite analisar as taxas de rendimento desde 2010. Em gráfico, é possível observar como evoluíram os indicadores de não aprovação (reprovação e abandono). Nesse sentido, os dados revelam uma mudança muito importante na cultura de reprovação no País nas últimas décadas — impulsionada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que leva em conta a aprovação em sua composição. 

Em 2010, os anos iniciais do Ensino Fundamental, por exemplo, tinham taxas de reprovação de 8,3% e de abandono de 1,8%. Esses são números altíssimos e graves, que revelam que mais de 10% dos estudantes “eram deixados para trás” já na etapa inicial de sua escolarização. Em 2023, esses índices eram de 2,5% e 0,3%. Nos anos finais do Fundamental e no Ensino Médio, as taxas de reprovação, em 2010, eram iguais: 12,6%.

Análise por ano escolar

A análise por ano escolar mostra que, em 2023, o índice mais alto de reprovação nos anos iniciais foi registrado no 4º ano (4%); nos anos finais, no 6º (5,7%); e, no Ensino Médio, no 1º ano (7,5%). 

Para visualizar essas informações no QEdu, basta acessar a plataforma (qedu.org.br) e escolher a opção “Taxas de rendimento”  no menu lateral à esquerda. Para ver os dados de um Estado ou município específico, é preciso, primeiro, selecionar a localidade de interesse na busca e então a opção “Taxas de rendimento”.