Enem 2023: as polêmicas com a redação e as questões enviesadas
Na última semana, o podcast Mamilos convidou Ernesto Faria, diretor-fundador do Iede, e Cesar Nunes, Pesquisador Associado do Grupo de Trabalho “Ética, democracia, e diversidade”, do Instituto de Estudos Avançados, da Unicamp, para um debate sobre o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O objetivo era entender as críticas que a última prova – e o modelo – enfrentam e refletir sobre como o Enem direciona e impacta todas as instâncias de ensino no Brasil.
No episódio, Ernesto explicou como funciona a avaliação TRI (Teoria de Resposta ao Item), adotada no exame. “Essa metodologia busca saber, de fato, quanto o aluno sabe sobre uma competência. Quero saber o quanto aquele aluno domina de matemática, linguagem e ciências e importa menos quantas questões ele acertou ou errou. As questões do Enem estão posicionadas numa escala de aprendizagem. Quando o aluno ‘chuta’ e, por exemplo, acerta uma questão razoavelmente difícil, mas erra questões mais fáceis, eu não vou acreditar que ele tem o nível de proficiência da questão mais difícil, portanto, vamos saber que foi ‘chute’.”
Ele também falou sobre a metodologia de correção das redações e comentou as questões polêmicas do Enem deste ano, e o quanto elas ajudam ou não a selecionar os melhores candidatos para o acesso ao Ensino Superior.