Intervenção no conteúdo das salas de aula divide mineiros
Temas como sexualidade não devem ser barrados pelo Estado, segundo 53% dos entrevistados
Por Aline Diniz, do Jornal O Tempo
Pouco mais da metade dos mineiros entrevistados na Pesquisa Minas no Brasil de 2018 avalia que a escola e o professor devem ter autonomia para construir o tipo de ensino que consideram adequado aos estudantes. Das 610 pessoas ouvidas, 53% (324) acreditam que o Estado não deve interferir no conteúdo ministrado em sala de aula. Já 41,1% (250) avaliam que é preciso intervir nas instituições para que alguns conteúdos sejam, inclusive, proibidos.
Quando se leva em consideração a religião, 53,95 dos católicos pensam que o governo não deve ditar o que é ensinado nas escolas, e 39,5% defendem a intervenção estatal nos conteúdos. Entre os evangélicos, as duas posições são mais equilibradas: 48,8% concordam com a liberdade da escola e 47,2% atribuem ao Estado o papel de avalir os conteúdos.
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O pesquisador em educação e diretor-fundador do Portal Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins Faria, também defende a autonomia do professor. Mas ele ressalta que materiais racistas e homofóbicos, por exemplo, não devem ser usados. “O papel do governo é trabalhar para orientar o sistema em relação aos conhecimentos e às habilidades que são essenciais aos jovens”, considera. Leia a reportagem completa no site do jornal O Tempo
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