Iede analisa indicadores educacionais do Brasil em parceria com o BID
Em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Iede elaborou quatro Notas CIMA – resumos temáticos com análises de indicadores educacionais. As Notas tratam dos resultados do Ideb, incluindo os avanços da educação no País, as desigualdades educacionais brasileiras e as consequências da pandemia na aprendizagem dos nossos estudantes. As notas podem ser acessadas em português ou espanhol (os links estão listados abaixo).
Além das Notas CIMA, Reynaldo Fernandes, criador do Ideb, também publicou um artigo sobre o tema no blog Enfoque Educación, do BID. Em seu texto, ele ressalta que, mais do que uma métrica, o Ideb se tornou uma referência central para orientar políticas, definir metas e monitorar o progresso na qualidade da Educação Básica no Brasil. Ao analisar os avanços e desafios do índice, ele ressalta o que essa experiência pode ensinar a outros países da América Latina e do Caribe: “O Ideb ilustra o papel estratégico que indicadores bem elaborados desempenham na tomada de decisões e na busca por maior equidade e qualidade na educação” (leia o artigo – em espanhol).
Conheça as Notas:
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): o que é e para que serve?

O Ideb é uma ferramenta importante para orientar diretores e professores, identificar estudantes com baixo desempenho, orientar a distribuição equitativa de recursos e oferecer informações relevantes para a gestão escolar. A Nota explica com é composto o Ideb e o Saeb, incluindo as matrizes de referência da avaliação e suas escalas de proficiência. O documento ainda apresenta indicadores de qualidade de outros países, como são elaborados e utilizados.
Quais os avanços da Educação no Brasil? Panorama dos resultados do Ideb e seus desafios

O Ideb, principal indicador da qualidade da educação no Brasil, registrou avanços significativos ao longo do tempo, sobretudo nas taxas de aprovação. Também houve avanços nas notas padronizadas, outro componente do índice. Mas grandes desafios relacionados à aprendizagem dos estudantes persistem. Os dados apontam para um cenário de estagnação e baixo percentual de estudantes com aprendizado adequado, sobretudo em Matemática e no Ensino Médio.

Apesar dos avanços nas taxas de aprovação e nas avaliações nacionais, os resultados educacionais do Brasil continuam associados ao contexto socioeconômico, ao território de origem e, em muitos casos, à etnia dos estudantes. Dados recentes mostram redução da distância entra escolas mais e menos vulneráveis, mas a persistência das desigualdades. A Nota ainda compara os dados do Brasil com os da região da Amazônia Legal.

Os dados mais recentes do Ideb indicam que a pandemia de COVID-19 – que levou ao fechamento prolongado de escolas em todo o país – impactou negativamente a aprendizagem, especialmente em Matemática. Mesmo após a retomada do ensino presencial, a recuperação das aprendizagens aconteceu de forma irregular, observando-se um aumento na desigualdade entre as escolas, especialmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.