Consideramos que há quatro aspectos fundamentais para a realização de boas pesquisas em Educação: atenção ao contexto educacional, aplicabilidade, rigor metodológico e boa comunicação com o público alvo. Nesta página, reunimos todos os nossos estudos, organizando-os por temáticas.

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Esta página traz livretos, análises e artigos sobre o desempenho dos estudantes brasileiros no Saeb, no Ideb, no Pisa e no Pirls, além de dados do Indicador de Permanência Escolar, criado pelo Iede para mensurar o total de crianças e jovens que abandonam a escola sem ter concluído a Educação Básica.

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Contribuições ao Debate - Folha de S. Paulo 05/09/2023

Em ambiente escolar violento, 60% das crianças não aprendem o básico em leitura

Alunos chegam ao quarto ano do fundamental sem compreender o que leem

São Paulo – 2.set.2023 às 1300 – Isabela Palhares

Em escolas com clima escolar ruim, 60% das crianças chegam ao quarto ano do ensino fundamental sem ter aprendido as habilidades mais básicas de leitura, como identificar e compreender uma informação explicitamente declarada no texto.

O dado é de um estudo feito pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que analisou os resultados dos estudantes brasileiros na avaliação do Pirls (sigla em inglês para Progress in International Reading Literacy Study).

A avaliação é feita com crianças nessa série (quando, em geral, estão com dez anos de idade) para analisar quanto a alfabetização está consolidada. Segundo os responsáveis pelo Pirls, o quarto ano é considerado um ponto de transição no desenvolvimento dos estudantes, quando passam da fase de aprender a ler para a de “ler para aprender”.

O desempenho geral do Brasil indicou que 38,4% das crianças chegaram ao quarto ano sem as habilidades consideradas adequadas para a idade em leitura, uma das mais baixas taxas verificadas entre os países analisados. O trabalho do Iede, no entanto, identificou que o cenário brasileiro é ainda mais crítico diante da desigualdade educacional.

“A média geral do Brasil é muito baixa e preocupante, mas ela esconde a realidade da maioria dos estudantes que é ainda mais grave. Alunos com baixo nível socioeconômico e em escolas com clima escolar ruim têm tido ainda menos oportunidade de aprender o que têm direito”, diz Ernesto Faria, diretor-executivo do Iede.

Para identificar as desigualdades brasileiras, o Iede analisou as médias de escolas com realidades diferentes.