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Contribuições ao Debate - Estadão 19/10/2023

‘Estadão’ debate: quando o País conseguirá deixar a alfabetização ao alcance de todos?

Meet Point com especialistas discute como superar baixos índices de leitura e escrita entre alunos do ensino fundamental; um dos caminhos para o futuro passa pelo papel do professor

Por Redação – 18/10/202322h26

Em maio, o Ministério da Educação estabeleceu pela primeira vez uma “nota de corte” para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), pela qual o aluno precisa fazer 743 pontos para que seja considerado como alfabetizado. A regra, inédita, será testada na avaliação realizada este ano. Para discutir os Desafios da Alfabetização no País, o Estadão realizou nesta quarta-feira, 18, uma edição do Meet Point. A proposta do evento online, que teve transmissão ao vivo pelas redes sociais e canal do jornal no YouTube, é debater por que o Brasil ainda não consegue ensinar suas crianças a ler e a escrever na idade certa e como mudar esse cenário. Há um consenso: o papel do professor é essencial.

Participaram Ernesto Faria, diretor-fundador do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede); Lilian Engracia, supervisora de currículo, inovação e recursos didáticos da Gerência de Educação do Sesi-SP; e Patrícia Botelho, pós-doutoranda em Ciências do Desenvolvimento Humano e professora universitária. A mediação coube a Renata Cafardo, repórter e colunista do Estadão e o evento gratuito ocorreu em parceria com o Sesi São Paulo.

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“Precisamos combater a desigualdade desde cedo. Esses alunos da rede pública estão no mesmo patamar da rede privada ou da rede pública de outros países? Será que quando olhamos a aprendizagem adequada para o 2.º ano já temos o nível de complexidade que a gente quer?”, indagou Faria. “É muito importante o MEC ter feito essa discussão e estabelecido esse critério, mas e se a gente estiver legitimando os alunos do 2.º ano terem um nível de leitura muito básico? Quando o Saeb foi criado, em 1999, você tinha uma medida de evolução esperada dentro da escala de um aluno que passa do 5º ao 9º ano. Se você olha hoje, parece que os alunos estão cada vez aprendendo muito menos nos anos finais. Mas na verdade é o resultado do 5.º ano que está superestimado”, disse.

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