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Contribuições ao Debate - Estadão 16/05/2023

Artigo: Fracasso em avaliação internacional de ensino se deve à covid ou era assim antes? Leia análise

Brasil mostra que desafios na educação começam já nos anos iniciais

Por Ernesto Martins Faria* – 16/05/202305h00

Hoje foram divulgados os resultados do Pirls 2021 (sigla em inglês de Progress in International Reading Literacy Study), estudo internacional que avalia o progresso em leitura de estudantes do 4.º ano do ensino fundamental. A avaliação é aplicada desde 2001, a cada cinco anos, e essa foi a primeira edição que o Brasil participou. No total, foram avaliadas 57 nações. Embora menos conhecida que outras avaliações internacionais, como o Pisa, por exemplo, havia grande expectativa no meio acadêmico pelos seus resultados, pois é a primeira vez que saberíamos como os estudantes brasileiros dos anos iniciais do ensino fundamental estão em perspectiva internacional.

Desde a criação do Ideb (índice composto pela média dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática no Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb e pelas taxas de aprovação), em 2007, temos acompanhado avanços consistentes dos resultados de aprendizagem do 5.º ano do ensino fundamental. Os anos iniciais evoluíram 1,6 pontos no Ideb e o resultado de Leitura evoluiu mais de 35 pontos na Escala Saeb. Ao passo que os índices dos anos finais do ensino fundamental melhoraram pouco e o Ensino Médio ficou praticamente estagnado, a primeira etapa do ensino fundamental parecia ilustrar avanços resultantes de boas políticas públicas, como maior monitoramento e bons programas de alfabetização.

No entanto, esses resultados ainda geram alguns questionamentos: por que os alunos que estão terminando tão melhor no 5.º ano não conseguem bom desempenho nos anos seguintes do ensino fundamental e no ensino médio? Por que esse avanço não reflete de forma relevante nos índices educacionais das etapas seguintes? O Pirls poderia ajudar nessa resposta, apontando se estamos de fato bem ou não nos anos iniciais do ensino fundamental.

Leia o artigo completo no Estadão.

*Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).