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Contribuições ao Debate - Iede 08/08/2025

Documento propõe que PNE valorize o ensino de Matemática na Educação Básica

Elaborado pelo Iede e Instituto Ayrton Senna, documento expõe a urgência de um olhar específico para Matemática no Plano Nacional de Educação (PNE) e traz sugestões de ajustes nas metas e estratégias para trazer maior enfoque à área

O novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vai definir as diretrizes para as políticas educacionais do Brasil até 2034, está em discussão no Congresso Nacional. Após ser aprovado, o documento se tornará lei e deverá guiar as ações de redes de ensino municipais, estaduais e do governo federal. No entanto, há uma grande ausência no texto em discussão na Câmara: o ensino de Matemática na Educação Básica, mesmo com a situação crítica de aprendizagem na disciplina evidenciada por avaliações nacionais e internacionais. Com o objetivo de colaborar com essa discussão, o Iede e o Instituto Ayrton Senna elaboraram um documento que mostra a necessidade de reforçar o ensino de Matemática no PNE e traz sugestões de como esse tema poderia ser abordado em diferentes metas e estratégias.

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Segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em 2023, apenas 5% dos estudantes do 3º ano do Ensino Médio, na rede pública, tinham aprendizado adequado em Matemática. Nas outras etapas, a situação também é crítica: 16% de aprendizado adequado no 8º ano do Ensino Fundamental e 44% no 4º ano do Fundamental. Além disso, em perspectiva internacional, o Brasil aparece nas últimas posições quanto ao percentual de estudantes com aprendizado em matemática. É o que mostra, por exemplo, o Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS, na sigla em inglês). Dos 63 países com resultados no TIMSS para o 4º ano do Fundamental, o Brasil superou apenas Kuwait e África do Sul. No 8º ano, ficou à frente apenas da Costa do Marfim. Nessa etapa, apenas 38% dos estudantes brasileiros atingiram o nível básico na prova de Matemática.

Por isso, acreditamos que é necessário que o PNE 2024–2034:

-Incorpore metas e estratégias específicas para a aprendizagem matemática na Educação Básica, com acompanhamento sistemático de resultados;

-Estabeleça estratégias para a recomposição das aprendizagens, especialmente em Matemática, onde as perdas foram mais acentuadas;

-Preveja ações estruturantes de formação inicial e continuada de professores de Matemática, integrando práticas pedagógicas inovadoras e baseadas em evidências;

-Inclua políticas de equidade, com ênfase no combate às desigualdades de aprendizagem em Matemática por raça, gênero, território e condição socioeconômica.

Para isso, propomos a inclusão e revisão de metas e estratégias em diferentes Objetivos do PNE:

Objetivo 3 – Alfabetização: considerando o papel fundamental do desenvolvimento matemático no processo de alfabetização plena;

Objetivo 5 – Ensino Fundamental e Ensino Médio: com metas específicas para o percentual de alunos com o aprendizado adequado em Matemática e estratégias de intervenção pedagógica;

Objetivo 8 – Educação Escolar Indígena, Educação do Campo e Educação Escolar Quilombola: com programas voltados à redução das desigualdades no acesso e na aprendizagem em Matemática

O documento preparado pelo Iede e Instituto Ayrton Senna traz sugestões de ajustes nos textos das metas, de modo a deixar evidente a atenção necessária ao ensino de Matemática na Educação Básica. 

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Conheça alguns de nossos estudos e análises sobre o aprendizado de Matemática:

“O cenário do ensino de matemática no Brasil: o que dizem os indicadores nacionais e internacionais”

“O ensino e a aprendizagem de Matemática no Brasil: desafios, boas práticas e impacto da OBMEP”

TIMMS 2023: avaliação internacional revela baixo desempenho do Brasil em Matemática e Ciências no Ensino Fundamental