Artigo: Novo ensino médio: precisamos replanejar a rota
Ernesto Martins Faria e Lecticia Maggi, para o Correio Braziliense
De cada 100 jovens brasileiros de 15 a 17 anos, 95 estão matriculados na escola. Porém, somente 75 no ensino médio. Os outros, atrasados, ainda cursam o ensino fundamental. Quando o recorte é feito considerando a renda dos estudantes, as desigualdades são expressivas: entre os 25% mais ricos, 93% estão no ensino médio; entre os 25% mais pobres, 71%. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2021, do Todos Pela Educação, e mostram também que menos de 70% dos jovens concluíram a educação básica na idade esperada, isto é, até os 19 anos.
O acesso, a permanência e a conclusão do ensino médio são questões muito preocupantes, assim como a aprendizagem dos estudantes. Ainda que os desafios não sejam exclusividade da etapa — eles se agravam nos anos finais do ensino fundamental — o ensino médio registra o índice mais baixo de alunos com aprendizado adequado: somente 5% em matemática e 31% em língua portuguesa, conforme dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021, tabulados pelo Iede.
É indiscutível que algo precisava ser feito. Há a necessidade de um ensino médio que se conecte mais aos jovens, à realidade do século 21 e que os prepare para o ingresso no mercado de trabalho. A aposta para tentar reverter os índices ruins, em especial em relação ao abandono e à evasão escolar, foi o chamado Novo Ensino Médio (NEM), sancionado em 2017, que começou a ser implementado em 2022, com prazo para conclusão do processo até 2024.
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