Escolas precisam buscar quem não estudou na pandemia, diz pesquisa
Por Rodrigo Ratier, no ECOA, UOL
Um levantamento das medidas para a volta às aulas em 20 redes públicas de ensino revela planejamentos frágeis e pouco detalhamento para a reabertura das escolas. O ponto mais sensível é o combate à evasão. Faltam ações concretas para evitar o abandono escolar, efeito esperado pelos especialistas após mais de cinco meses de paralisação das atividades presenciais. “Os desafios são enormes. Há muitas questões a se pensar na volta às aulas. A sanitária é a mais evidente, mas os aspectos de permanência e aprendizado precisam ser olhados com cuidado”, explica Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), entidade responsável pela sondagem, em parceria com o Comitê Técnico de Educação do Instituto Rui Barbosa.
Em julho e agosto, o Iede avaliou seis temas relacionados ao retorno às aulas: protocolos sanitários, ações para lidar com o impacto emocional da pandemia, medidas contra abandono e evasão, cumprimento do currículo, diagnóstico das defasagens e estratégias para a Educação Infantil. Os pesquisadores estabeleceram uma escala de cores para classificar a evolução das medidas em cada área. Em nenhum dos seis temas as redes chegaram ao verde-escuro, a melhor gradação possível. O resultado é preocupante porque as 20 redes foram selecionadas pelos bons resultados no Ensino Fundamental ou por terem se destacado durante o período de aulas a distância. Combate à evasão, o ponto mais sensível, recebeu cor vermelha, equivalente à pior escala. Leia o texto completo no UOL