Consideramos que há quatro aspectos fundamentais para a realização de boas pesquisas em Educação: atenção ao contexto educacional, aplicabilidade, rigor metodológico e boa comunicação com o público alvo. Nesta página, reunimos todos os nossos estudos, organizando-os por temáticas.

CLIQUE E SAIBA MAIS +

Esta página traz livretos, análises e artigos sobre o desempenho dos estudantes brasileiros no Saeb, no Ideb, no Pisa e no Pirls, além de dados do Indicador de Permanência Escolar, criado pelo Iede para mensurar o total de crianças e jovens que abandonam a escola sem ter concluído a Educação Básica.

CLIQUE E SAIBA MAIS +
PT
Contribuições ao Debate - Agência Brasil 19/06/2020

Ensino a distância: 61% das redes municipais não preparam professores

Por Agência Brasil 

Menos de 40% das redes de ensino municipais qualificaram ou estão dando formação aos seus professores para lecionar durante a pandemia de covid-19, com recursos de educação a distância, e 61% das redes informam que não ofereceram qualquer treinamento.

Acesse o estudo “A Educação Não Pode Esperar”

Apesar da falta de capacitação, 82% das redes municipais ouvidas têm alguma estratégia para aula ou oferta de conteúdos pedagógicos a distância durante a pandemia. No caso das redes estaduais, todas estão mantendo atividades não presenciais. A Base Nacional Comum Curricular é a principal referência (93%) para a elaboração dessas atividades.

Os dados constam da pesquisa A Educação Não Pode Esperar, elaborada pelo Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (IRB) e pelo centro de pesquisa Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), com 26 tribunais de Contas do país.

O IRB é uma associação civil criada pelos tribunais de Contas do Brasil e funciona há 46 anos. O instituto se apresenta como braço acadêmico dos tribunais, no desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades de controle externo. Na União, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo, os tribunais de Contas são vinculados às casas legislativas.

O trabalho foi feito para o IRB a partir de levantamento de informações em 249 redes de ensino de todas as regiões do país. Dessas, 232 são municipais e 17 são estaduais. Entre as redes municipais, a amostra envolve capitais e cidades sorteadas. As informações apuradas dizem respeito à educação infantil, ao ensino fundamental e médio.

A pesquisa identificou que é recorrente o “uso do WhatsApp para comunicação entre Secretaria de Educação, escolas, professores, alunos e responsáveis e também para envio de conteúdos curtos”.

Para os alunos que têm acesso à internet, as secretarias disponibilizam conteúdos em páginas online próprias e em redes sociais. Também se identificou a utilização de plataformas, como Google Classroom, para videoaulas em tempo real.

No caso dos alunos que não têm acesso à rede mundial de computadores, as secretarias de Educação informaram que fazem a entrega de conteúdos impressos na própria escola ou até nas residências dos estudantes.

Acima de 80% das redes municipais e estaduais ouvidas pela pesquisa mantêm a distribuição de alimentos às famílias dos estudantes, como prevê a Lei nº 13.987, de 7 de abril de 2020, que autorizou, em caráter excepcional, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) aos pais ou responsáveis pelos estudantes das escolas públicas.

Ampla maioria (em torno de 80%) das redes municipais pesquisadas está planejando a volta às aulas presenciais, elabora estratégias contra o abandono escolar e prepara avaliações para o retorno às aulas.

No caso das redes estaduais, 15 (das 17 pesquisadas) disseram que estão se preparando para a volta às aulas. Todas informaram que têm estratégias para evitar o abandono escolar e que farão avaliação para verificar o nível dos estudantes e suas principais dificuldades.

Acesse o estudo “A Educação Não Pode Esperar”